liberdade

(Eu pensava que essas mudanças de pele, cabelo e corpo, depois daquela catástrofe dos 25, daquele apocalipse dos 12, só acontecesse de novo aos 38, 40. Mas não, é todo ano depois dos 30, é um tanto de cada vez, é o tempo gritando, 'você não é mais xóvem, rarararara!')

Claro, a gente entra na faculdade e descobre que os meninos da escola se tornaram aquele outro, aquilo que não somos mais, e dois últimos anos na nossa vida se tornam 'naquela época', uma outra vida.

Aí a gente saí da faculdade e em pouco tempo percebe que não tem mais 22 anos, e vê como, meu deus!, como éramos jovens e lindos e cheios de vida, e vira uma idealização rapidamente. Esquecemos fácil aquela força toda, tão destrutiva, para quase todo mundo. Uns detruiam uns aos outros, outros a si mesmos e haviam os impotentes, claro. São dignos sobreviventes, depois.

Mas é realmente doloroso olhar aqueles de 25, 26 anos, e ver um "não sou mais"...Realmente um outro estágio da vida.

Acho que estar bem acima do meu peso normal, há um tempo, me dá essa sensação de uma outra adolescência, de um não-me-reconhecer no meu corpo. E essa cidade que é um esperar para ir embora para algum outro lugar. Mas para onde e quando? Pelo menos isso era claro aos 17, o "quando". Agora é um tremendo espaço aberto, o futuro. Chegou.

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