os discos da minha mãe me causam uma puta duma nostalgia. e tristeza. é esse indício de que teve alguma coisa que me escapou e escapou a ela também.
e como diz o Jules Renard de Julian Barnes, sobre sua própria mãe, não me culpo por não ter amado, mas por não ter compreendido. 

eu coloco esse disco na vitrola sempre que vou na casa da minha amiga, mas da primeira vez vivi um momento proustiano, sabe como é: um déjà vu.  

uma outra amiga viu minha mãe bêbada, querendo ouvir o drama terceiro ato da bethânia, estilo "toca dj", mas pro garçom. ela adorou a cena. mas há, sim, de haver qualquer verdade nisso, nesse disco...

há qualquer coisa que eu posso saber da minha mãe, nos seus discos. e quem sabe compreender.

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