Brasília seis anos

E se tem uma coisa que sinto falta, pensem o que quiser, é do ar frio, do clima ameno, da umidade, da luz suave de alguns invernos de Minas. 

Mais do que de ruas.

Poucas coisas que parecem mais desoladoras em Brasília que esse verão eterno, cansativo, e é muita coisa, em se tratando de uma cidade com pessoas, geralmente, feias, mal-educadas e sem nenhum charme. E pouco inteligentes, também. Não é uma ofensa infantil aos moradores ou candangos, é uma constatação. Sim, a população em geral é feia, é sem graça, é indelicada, não tem a menor joie de vivre, é submissa, é deslumbrada com os "ricos", não sabe conversar, não tem imaginação, não tem humor, não tem um rasgo de simpatia gratuita, não é capaz de uma gentileza desinteressada, não conhece a doçura que pode existir na rua, entre desconhecidos e, por isso, falta algo básico de civilidade, que liga, querendo ou não, as pessoas que vivem em um  mesmo local. A violência e a estupidez de uma cidade grande tem.

E com isso tudo a gente se acostuma, começa a ficar surpreso quando volta prá casa e um desconhecido, na rua, divide uma risada sobre algo compartilhado na rua. Mas com essa secura não dá para se acostumar.

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