Praticamente um mês vivendo sob terror, medo de me contaminar, de minha mãe se contaminar, de morrermos. Fazendo compras pela internet. Tendo que se submeter a pagar o triplo do valor que era pago em alguns produtos há um ano ou um ano e meio, porque além de os produtos estarem mais caros nos supermercados, ficam AINDA MAIS caros em mercados online. Medo real de uma inflação como a venezuelana, a alemã pós primeira guerra. De uma intervenção militar de um país estrangeiro (bloquear todas as fronteiras, isolar o país como ameaça sanitária para o resto da humanidade). Medo da sina de ter nascido sob uma ditadura, talvez morrer sob outra. Um medo todo travestido de normalidade e do novo cotidiano normalizado.

Essa humilhação de admitir que se todos dessa casa chegarmos vivos ao fim desse ano, sem uma total ruína financeira do país, estaremos bem.

Postagens mais visitadas